O inevitável

Quero evitar de o fazer sofrer
mas é difícil esta situação controlar.
O certo é que ele acaba sempre, por se aperceber,
do meu problema, que o está afectar.

Ele ao aperceber-se fica triste e sentido,
e sem vontade de se divertir,
fica tal maneira comovido
que nem sei, como o hei-de prevenir.

Com onze anos apenas,
já compriende, mas fica baralhado.
Na cabeça dele, ouve centenas,
de coisas que o deixam, um pouco atrapalhado.

Em certa parte, até tenho um filho compreensivo,
e com bastante sensibilidade.
Por várias vezes, fica muito pensativo,
ao ver a mãe, a perder a felicidade.

Não é justo ele, por tudo isto passar,
porque é apenas uma criança.
Sempre o tenho apoiado e hei-de apoiar,
e agora é ele que me apoia, com muita esperança.












Não pensem que sou uma pessoa ,
que só trás tristeza, dentro de mim
mas o que mais me magoa,
é de me encontrar neste momento assim.

Também tenho alguns momentos de alegria,
não carregando só a mágoa.
Acho tão bonito a armonia,
que a vida devia ser límpida, como a água.

O inevitável nem sempre se pode evitar,
nem mesmo quando o queremos fazer.
Cada vez á mais depressões a aumentar,
que se vai apodera, de nós sem se aperceber.

Estes não são copiados, por lado nenhum ,
como já referi nas quadras anteriores.
São apenas escritas, por uma jovem comum,
que desde Agosto de 1994 carrega no peito muitas dores.




Realizado por: Cristina B. das Neves Bernardo

Fevereiro de 2008